domingo, 22 de novembro de 2009

Loucura



Todos os meus sonhos...
Fragmentados pela estrada...
As 3:30 da madrugada...

Loucura

Estou cansado de tantas perguntas
E nenhuma resposta
Eu sinto tanta dor
Meus dedos estão gelados
Por favor, me livre de tanto sofrimento.

Eu não sei por que estou aqui agora
Porque estou aqui?
Eu não sei

Estou ficando louco
Andando por ai em um dodge 71
Vultos e luzes me perseguem
As 03:30 as madrugada
Estou perdido

As luzes estão cada vez mais fracas
Tudo esta se apagando
Como um vaga-lume sem luz
Perdido na escuridão

Minha vida nunca teve um sentido
O próximo dia amanhecerá como uma copia do hoje
Que foi copia do ontem
A mesma dor, nada faz sentido
Eu não entendo mais nada
Estou ficando louco
Estou perdido
Meu coração dói
Estou perdido
Como um vaga-lume na escuridão

Você me conhece
Eu sei que me conhece
Estou indo embora
Perdido na escuridão

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco

Homem Girassol



Se nossa imaginação fosse capaz de mudar mundo...
Tudo seria diferente...
Tudo...

Homem Girassol

Tem uma salamandra entrando na minha cabeça
Ela não sabe nada de filosofia
Mas joga pra longe as minhas cartas
Já estou vendo aquelas mulheres nuas plantadas nos pastos
Alimento meus relógios com os mais fortes ponteiros
Alienando as garrafas de líquido fedorento
Mas os cadáveres sabem que estou vivo
Eles sentem o cheiro do feijão azedo que preparei pro almoço
Tem alguns leões comendo vidro
Descobri porque tenho medo de dormir
Posso levantar o tapete e pegar uma passagem só de ida
Minha nossa estou pelado e com dor de dente
Mas posso correr atrás do avião
Pronto agora é só encontrar o homem girassol
Perguntar sobre os peixes que voam até algum lugar que não sei
Preciso de uma carona
Uma vaga lá na ultima poltrona ao lado do velho alienígena
Seu velho onde eu acho o homem girassol
Me da um mapa e eu corto sua barba
Pronto agora ficou fácil de achar
As árvores estão cantando é pra lá, posso seguir a música.
Encontrei-te homem girassol
Conte-me por qual motivo eu estou aqui
Eu sabia
Por isso tenho aqueles sonhos
Pronto já posso dormir.

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Viver é Tão difícil




Nem sempre as coisas acontecem como nós planejamos...
E é tão complicado aceitar...
Que não foi dessa vez...
Poderia ser mais fácil...
Encarar todos os problemas...
Esquecer de um dia ruim...
Acordar de um triste sonho...

Viver é Tão Difícil

Eu pensei que viver não era tão difícil
Tantos problemas atacando pelas costas
Forçando-me a aceitar um destino triste
Não vou durar muito tempo sem amor em minha vida

Caminhando pela cidade observando as pessoas
Todos cabisbaixo sem motivação pra vencer
Será que o amor acabou destruindo o mundo
Não vou durar muito tempo sem amor em minha vida

Está tudo escuro minha alma chora
Estão todos perdidos e tudo a minha volta
Dê-me o seu amor
Quero acordar deste pesadelo e começar a sonhar

Todos os caminhos estão difíceis agora
Todas as portas fechadas sem chave
Preciso de alguém pra me ajudar
Não vou durar muito tempo sem amor em minha vida

Agora vou sentar nessa mesa e beber até a ultima gota
Tentar esquecer que a vida é tão difícil
Preciso de alguém pra me ajudar
Não vou durar muito tempo sem amor em minha vida

Pegue uma cadeira sente ao meu lado
Vamos contar histórias engraçadas e felizes
Dê-me a mão e me faça sentir o seu amor
Vamos acordar deste pesadelo e começar a sonhar
Vamos acordar deste pesadelo e começar a sonhar

Está tudo escuro minha alma chora
Estão todos perdidos e tudo a minha volta
Dê-me o seu amor
Quero acordar deste pesadelo e começar a sonhar

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Uma Chance Para Recomeçar



Quando as coisas não estão bem
Você percebe que seus sonhos estão mais distantes
Tudo está se desfazendo a nossa volta
É difícil ver o brilho da lua com toda essa chuva

Eu só precisava de uma chance
Uma chance pra provar que sou capaz
É difícil alguém perceber
O valor que existe dentro de cada um
Que só pode ser visto por um coração puro

Sozinho na chuva sem um amigo pra desabafar
Perdido pelos becos nublados da cidade
O céu está caindo sobre nossas cabeças
Tudo está se desfazendo a nossa volta

Me de uma chance de provar que sou capaz
Mesmo que não de certo
Me de só uma chance
Uma chance pra tentar recomeçar

Os fantasmas do passado ainda me rodeiam
O que eu fiz pra merecer este sofrimento
Sempre lutei pra trazer a felicidade
Agora eu percebo que tudo não passava de ilusão
Acordei em um pesadelo real

Sinta meu coração
Veja o desespero que mora nele
Talvez assim você perceba
O quanto eu sinto sua falta

Me de uma chance pra recomeçar
Uma chance pra recomeçar
Uma Chance

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco

sábado, 14 de novembro de 2009

Eu nunca existi pra você


Eu acredito que o amor seja o sentimento mais forte que um ser humano pode sentir.
Se ele é sincero, é possível perceber nos simples atos.
Se ele não existir, é impossível mascarar.

Eu nunca existi pra você

Você não me viu acordar e dizer adeus?
Você não me viu te beijar e partir chorando?
Isso deveria fazer algum sentido pra você?
Eu sei que você não se importa.
Eu nunca existi pra você

Eu estou indo saiba que não vou voltar
Deixei dinheiro no pote de biscoitos
Vai ser mais útil pra você do que pra mim
Talvez o lado vazio da cama seja preenchido
E você nem sinta minha falta
Eu sei que você não se importa
Eu nunca existi pra você

Tantos momentos felizes perdidos pelos cantos
Todo afeto que eu te dei jogado pela janela
Desperdicei meu amor com você
Será que você merecia?
Eu sei que você não se importa
Eu nunca existi pra você

Daqui de cima o apartamento parece tão pequeno
Pequeno como seu coração que nunca me sentiu de verdade
Sempre fingindo uma alegria sofrida e sem graça
Ao seu lado mas tão longe

Eu te amo tanto que te odeio por isso
Rastejei por esses anos tentando entender
Mas tudo que vi foi sua imagem distorcida
No reflexo do espelho do banheiro

Perdi minha vida por você
Será que você merecia?
Eu sei que você não se importa
Eu nunca existi pra você
Eu nunca existi...

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco

domingo, 18 de outubro de 2009

Cabeçudo

Que dor de cabeça, não cabe mais nada!
Roubando idéias e copiando a criatividade dos outros.
Mas isso não me faz melhor que ninguém.
Só mais cabeçudo!


Seja o que for...
Seja você...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Abra a Janela



Às vezes algumas simples palavras descrevem nossos sentimentos...

Abra a Janela é uma das singelas coisas que já escrevi...
Espero que gostem...

Abra a Janela

Abra a janela sinta o vento no rosto, já sente o meu perfume?
Estou a caminho de você vou te levar pra voar
Acima das nuvens bem perto da lua
Apagar todos os seus medos viver um lindo sonho
Essa é minha missão
Encher sua vida de amor, flores e felicidade.

Abra a janela ouça uma linda canção, já escuta meu nome?
Escrevi essa canção pra você, ela fala de amor
Um amor acima das nuvens bem perto da lua
Que sussurra em seu ouvido venha viver um lindo sonho
Essa é minha missão
Encher sua vida de amor, flores e felicidade.

Abra a janela veja o brilho das estrelas, já vê o meu rosto?
Acendi todas as estrelas do céu pra você nunca sentir sozinha
Todas tão brilhantes acima das nuvens bem perto da lua
Que enche de brilho a sua vida, pra você viver um lindo sonho.
Essa é minha missão
Encher sua vida de amor, flores e felicidade.

Abra a janela venha viver um lindo sonho
Vamos voar juntos
Acima das nuvens bem perto da lua
Onde tudo é possível
Esta é nossa missão
Vivermos juntos para sempre juntos cheios de amor, flores e felicidade...

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sigur Rós - Með suð í eyrum við spilum endalaust




Acho essencial que o primeiro álbum a ser comentado seja do Sigur Rós. Existem vários motivos para que esta seja a abertura de comentários sobre música, um motivo é que o Sigur Rós seja minha banda favorita, outro que pretendo postar todos os álbuns da banda e futuramente sua biografia completa, mas isso é uma outra história.
Vamos ao álbum...

Með suð í eyrum við spilum endalaust ("com um zumbido em nossos ouvidos nós tocamos infinitamente” alguma coisa assim em português) é o quinto álbuns dos islandeses lançado em 23 de junho de 2008 em todo mundo e 24 de junho na América do Norte. Með suð í eyrum við spilum endalaust marca uma transição da banda que utiliza elementos que não são encontrados em outros registros como a ultima canção “All Alright” a primeira cantada em inglês, as outras músicas são cantadas em islandês e em "hopelandic" um idioma criado pelo vocalista Jónsi. Outro detalhe que chama a atenção neste registro é que contem as músicas mais alegres já lançadas pela banda que tem como característica a melancolia.
O álbum foi gravado em partes passando por New York, Londres, Reykjavík e ainda por Havana em Cuba.

Gobbledigook abre o álbum com uma explosão de alegria e simplicidade, lembra um pouco Animal Collective com seus violões e tambores que soam como um ritual, a canção consegue te transportar para algum lugar no meio do mato (como algumas comunidades de hippies dos anos 70) é como se saíssem libélulas pelos alto-falantes. O video pode ser conferido no link abaixo, mas não assustem com as bundas (kkk).

http://vimeo.com/3987450

Gobbledigook se despede dando lugar a Inní mér syngur vitleysingur que começa toda feliz com um toque de piano que se multiplica com a entrada do xilofone e dos instrumentos de cordas e sopro, timidamente a canção vai crescendo e explode no final quando todos os elementos se fundem.

Gódan daginn é pra mim uma das mais bonitas, com seu violão tímido a bateria lenta e o teclado que da um luxo a atmosfera da música, sem falar no vocal perfeito de Jónsi acompanhado por um coral que sussurra levemente ao fundo, perfeita canção para momentos íntimos (kkk).

Vid spilum endalaust apesar da letra meio intimista, é a canção que fecha o lado mais alegre do álbum, dando passagem para a épica Festival que abre a parte mais triste e melancólica, os teclados de Kjartan Sveinsson e a voz solitária de Jónsi se fundem deixando uma expressão bastante intimista até metade da faixa que na sua parte final com a entrada da bateria e cordas começa a se multiplicar até a explosão final.

Med sud í eyrum é uma das minhas favoritas do álbum, com um piano que hipnotiza e a bateria forte de Orri Páll Dýrason tomam conta de toda a faixa, acompanhados do falsete de Jónsi.

Ára bátur é uma pérola de 8:56, música perfeita para dias chuvosos quando nada acontece, só as lembranças nos circula, a faixa vai se levando pela voz e piano até a entrada da orquestra e o coral completando a beleza inexplicável transmitida.

Íllgresi é singela e bela, perfeita fusão da voz de Jónsi e um violão, alguns ruídos de cordas no fundo, simples, linda.

Em Fljótavík Jónsi mostra porque é dono de uma das mais belas vozes da música, acompanhado por um piano intimista e cordas que crescem aos poucos de maneira delicada.

Straumnes serve como um ponto de estática do disco é ela também que antecede a última e pra mim a mais triste do álbum, All Alright a única cantada em inglês, que fecha o álbum com uma sensação de dever cumprido. É difícil ver uma banda lançar álbuns que sempre são aclamados pela critica gerando tantas expectativas quanto os outros registros lançados, a prova de que isto é possível começou em 1997 com Von e tenho certeza que ainda vem muita coisa adiante. Með suð í eyrum við spilum endalaust é um álbum hora feliz, hora triste, cheio de sinceridade da banda que pra mim é a mais criativa e espetacular de todos os tempos. Qualquer comentário que seja feito sempre será insuficiente para descrever esta e outras obras primas do Sigur Rós.

Já que sou um humilde mortal para descrever coisas inexplicáveis deixo o silencio fechar este comentário.

Não indico que ouçam este álbum, mas que sintam cada sussurro, cada toque de piano, cada dedilhado de violão, e o deslizar do arco de violoncelo na guitarra de Jónsi. Sintam a música, vivam o “Sentimento Sonoro”.

Link para baixar:

http://www.4shared.com/file/w8dkvpV0/_2008__-_320kbps_-_Me_Su_I_Eyr.html

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco

sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Não sou um poeta nem um grande escritor...
Mas minhas palavras estão cobertas de sinceridade...

Sapatos Velhos

Meus dedos estão de fora do sapato velho que já foi calçado por um louco que nem sabia onde morava mesmo só sabia que era um lugar lindo e cheio de flores cor de rosa eu estava perto da esquina que corta a rua entrelaçada e pintada de verde que foi palco da destruição em massa que aconteceu há alguns dias lá onde eu nem sei perguntaram por que digo que sai de férias pra não voltar pra lá sem lembranças mesmo nada pra guardar só uma foto que carregava na carteira cortada ao meio tampando um anjo que estava comigo no dia que acordei cedo fiz a barba vesti meu terno e fugi dos vermes de farda me escondendo debaixo da ponte sem motivo nem estava sendo procurado acho que me caçavam porque eu pensava diferente vivia diferente e tudo que é diferente aqui é destruído pelos que comandam essa mentira e tiraram meus quadros que pintei e jogaram tudo na rua que aconteceu há alguns dias um desastre fui pego batendo em vermes vestidos de farda que tentaram me forçar a usar uniforme mas corri quando se distraiam com um cachorro que latia feito louco ali perto da esquina que estava jogado meus lindos quadros cheios de pássaros e que transmitiam uma imagem de paz que já não existe aqui desde que um cara veio pra cá espalhando medo com seus soldados armados que atiravam em quem não usasse seu uniforme e trabalhasse de escravo jogados no meio de grandes indústrias que poluíam tanto que nem os pássaros agüentaram e viraram pintura eu estava lá mas consegui fugir antes que me achassem pra me marcarem com um carimbo quente que queimava a pele como latas de conserva no supermercado eu já sabia que isso ia acontecer e corri muito deixando pra traz os sapatos velhos furados que já foi usado por um louco que nem sabia onde morava mesmo perto da esquina que corta a rua entrelaçada e pintada de verde que foi palco da destruição que aconteceu a alguns dias lá onde eu morri fuzilado pelas balas frias que vinham de todos os lados e atravessavam meu corpo e meus lindos quadros cheios de pássaros que transmitiam uma imagem de paz que infelizmente acabou mas quero que encontrem meus quadros e os levem pra bem longe onde não existe destruição e não existem caras que espalham medo com seus soldados armados quando estiver chegando tire a roupa e pule o penhasco segurando os quadros em que os pássaros voam livre no meio de tanta paz voe e seja levado pelo vento cheio de amor pra esse lugar que se chama não sei mais também não importa o que importa é que lá tudo é perfeito e especial depois disso estarei feliz mesmo sem viver essa paz junto a todos mas vivendo a paz em um lugar diferente cheio de anjos e vigiando todos de longe pra que ninguém seja machucado ou marcado com carimbo quente que queima a pele como latas de conserva no supermercado isso tudo á de acabar e a única coisa que vai fazer sentido é viver sem medo em algum lugar que um homem louco desesperado que me deu uns sapatos velhos e me falou pra pintar quadros lindos de pássaros que transmitiam uma imagem de paz mas ele nem sabia onde morava mesmo só sabia que era um lugar lindo e cheio de flores cor de rosa é onde quero que leve os quadros para onde eu fui tirar férias mas nunca realmente cheguei lá quero que solte os pássaros e deixe os voarem cheios de paz e livres para realizarem seus sonhos cheios de anjos que cuidam dos que morreram tentando libertar a paz que vive em pássaros pintados em quadros lindos que transmitem uma imagem de paz que nos faz lutar para finalmente sermos felizes voando e buscando nossos objetivos nessa vida que apesar de sofrermos seremos recompensados com uns sapatos velhos e uma pequena foto cortada ao meio tampando um anjo que sempre estará com vocês que terão algum significado no futuro e poderão mudar nossas vidas pra sempre as enchendo de paz, liberdade e muito amor...


Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco (Algumas noites sem dormir)

Bem vindos amigos, desconhecidos e todos os visitantes deste humilde blog.

Não importa de onde são, seja da Terra, do Céu, da Lua, de Marte, do Inferno de onde for...

O que importa é que visitem e quem sabe gostem.

Criei o Sentimento Sonoro já faz um tempinho, mas ainda não postei nada. Mas isto vai mudar agora porque até que enfim criei vergonha na cara e decidi expor algumas idéias e algumas coisas malucas que escrevo, além de divulgar e comentar álbuns e bandas que eu curto, pois afinal “aqui existe um sentimento sonoro”.

Espero que gostem e comentem a vontade.

Diêgo Garcia Silva, Degaba Mundo Oco